Pode ser o início de uma nova década, mas queremos manter-nos afastados da mentalidade efémera e impossível de sustentar do “novo ano, novo eu”. Em vez disso, apresentamos a alternativa que é a nossa campanha Forever Fit.
Porque o fitness não se faz de soluções rápidas, planos de 30 dias ou dietas de “desintoxicação”. Não é algo com que nos castiguemos em Janeiro e esqueçamos nos restantes 11 meses do ano.
É necessário um investimento mental e físico a longo prazo.Para nos ajudar a espalhar esta mensagem, procuramos atletas e representantes que vivem e respiram estes princípios – pessoas que se esforçam por chegar um pouco mais longe, física e mentalmente, todos os dias.
Joshua Buatsi é uma destas pessoas dedicadas. Esta é a sua história.
Transformando os Problemas num Modo de Vida
Joshua Buatsi, 26 anos, é um pugilista profissional com o título de campeão britânico na categoria de pesos meio-pesados desde Março de 2019. Nascido no Gana, mudou-se para a Inglaterra com os pais e a irmã quando tinha 9 anos.
“Não consigo recordar-me de muitos detalhes ao certo, mas lembro-me de sair do avião e pensar ‘caramba, que frio.’ ”Ele afirma que ter tido alguns anos na escola primária lhe deu tempo para se adaptar à vida em Inglaterra, em vez de “entrar logo de cabeça” no secundário, como aconteceu à irmã.
“Eu sabia que tinha vindo para um lugar onde teria muitas oportunidades, desde que tirasse proveito delas e as usasse.”Joshua era uma criança ativa, que gostava de desporto e de correr, mas não se dedicou a nada muito a sério ou a um nível competitivo. Estava mais preocupado com as lutas – mesmo em rapazinho, no Gana, estava sempre metido em lutas e a arranjar sarilhos na escola por causa disso – o que era, pode dizer-se, um sinal do que estava por vir.
“Quando voltei ao Gana e vi a minha tia, com a qual cresci, ela disse-me que não ficava surpreendida que eu fosse pugilista de profissão.”Mas foi só aos 15 anos que sequer considerou o boxe. O seu melhor amigo trouxe um par de luvas para experimentar, e o que começou simplesmente como dois amigos num combate amigável em casa rapidamente cresceu e tornou-se algo a que Joshua se dedicou.
“Eu levei o boxe a sério desde o início porque sentia que não havia nada de divertido em deixar alguém bater-nos na cara. Aos meus olhos, nunca foi um passatempo.”Depois disso, não tomou muito tempo até que encontrasse um clube de boxe e que começasse a treinar a sério. O seu treinador tinha uma abordagem intensa, que Joshua assumiu na altura ser comum a todos os clubes de boxe. Foi só quando se tornou mais experiente que descobriu que havia diferentes métodos e formas de treinar.
Talvez tenha sido essa influência que levou Joshua aonde ele está agora. Ele diz que treinar não é simplesmente uma parte da sua vida, mas todo o seu estilo de vida.
“Quando viajo, a primeira coisa que meto na mala é o equipamento de treino. A roupa para o dia-a-dia vem depois. Quando não treino, também me divirto até certo ponto, mas mentalmente é difícil desligar o interrutor – o meu cérebro fica acelerado, e diz-me o que é que eu devia estar a fazer.”Ele admite que está sempre a treinar de uma maneira ou de outra, mas acredita que é importante manter o corpo e a mente sob controlo. Está também muito reconhecido e grato por todas as oportunidades que o desporto lhe deu.
“Viajei por todo o mundo graças ao boxe, descobri outras culturas, conheci pessoas incríveis por causa do boxe – alguns dos meus melhores amigos. Sim, trouxe-me muitas coisas.”
De Partida Para os Jogos Olímpicos
Joshua soube logo quando começou a praticar boxe que estava a treinar para competir – mas não fazia ideia de que viria a chegar aos Jogos Olímpicos. Contudo, o seu treinador, Mark, viu o seu potencial desde muito novo. Disse a Joshua, quando este tinha 16 anos, que 2012 era demasiado cedo, mas que iria aos Jogos de 2016. Joshua não ficou convencido.
“Pensei ‘Só entrei numa meia dúzia de combates e estás a falar em ir aos Olímpicos – isso é tão irrealista’. Portanto, não fiz muito caso daquilo.”Admite que havia sonhado com ir aos Jogos Olímpicos, mas sempre o tinha considerado indubitavelmente apenas isso: um sonho, e não a realidade. Nessa altura, ainda estava no princípio de tudo e nem sequer estava na equipa nacional, ainda que fosse o número um em Inglaterra.
Dois anos antes dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, Joshua passou finalmente a fazer parte da equipa nacional, mas mesmo então não conseguia acreditar.
“Uma coisa é entrar para a equipa nacional – mas quando há 5 tipos à nossa frente, já sabemos à partida que não vamos competir nos Olímpicos em dois anos.”Apesar das suas dúvidas, Joshua conseguiu ir aos Jogos e ganhou a medalha de bronze. Até hoje, sente-se surpreendido por esse feito incrível: “só Deus sabe como aquilo aconteceu”.
Mantendo o Foco
É fácil esquecer a quantidade de trabalho e de esforço envolvidos no sucesso de um atleta. Vemos o produto acabado no ringue ou na pista e assistimos aos momentos que definem uma carreira sem pensarmos no que está por trás disso.
Para Joshua, o treino ainda é uma luta constante. Treina duas vezes por dia, cinco dias por semana – corrida, combates de treino e trabalho com o saco – sempre a tentar encontrar maneiras de fazer tudo sem atalhos ou facilitismos.
“Não há nada de divertido no saco pesado. Não há nada divertido num combate de treino quando estamos a perder todos os rounds. Mas encontramos uma maneira de ultrapassar as dificuldades.”Ele dá também uma grande importância a fazer-se cercar de um sólido sistema de suporte. Antes de um combate, por exemplo, pede a um grande amigo, um irmão e pessoa que muito admira, para rezar com ele no balneário. Para Joshua, esta é uma parte especialmente importante para ficar no estado de espírito certo.
“Claro que é preciso desenvolver o trabalho, o treino. Mas, como uma pessoa que acredita que foi Deus que me deu os meus talentos, as minhas capacidades, as minhas vitórias, rezar põe-me no estado de espírito certo.”E no que toca a ambições, Joshua prefere concentrar-se em conquistas imediatas, a curto prazo, que deixar-se distrair por sonhos mais remotos.
“Sim, quero vir a ser um Campeão do Mundo, mas tudo o que tenho feito é um passo de cada vez; por isso, neste momento, o meu objetivo é vencer o próximo combate. Isso é o que mais me importa.”
O que ser Sempre Fit significa para Joshua
“O corpo que habitamos – sim, podemos fazer isto e aquilo, divertirmo-nos e ir a festas – mas todos sabemos que nada é tão importante como a nossa saúde. Sem saúde, não podemos fazer as coisas que queremos fazer ou alcançar. Quaisquer que sejam os teus objetivos, precisas de estar saudável para os atingir – portanto, ser Sempre Fit vai além de mim e dos outros atletas envolvidos. É um estilo de vida e filosofia para toda a gente.”
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Traduzido por Hermano Moura
A Lauren é licenciada em Literatura Inglesa. No mundo do desporto e lifestyle é apaixonada por natação e recentemente descobriu a paixão por levantar pesos e Hot Yoga.
Normalmente aos fins de semana adora um bom almoço, experimentar receitas novas com os seus colegas de casa e tudo o que a ajude a quebrar a monotonia. Para si, o mais importante é manter um equilíbrio entre exercício físico e festas.
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