O que é o krill?
O krill antártico é a base da cadeia alimentar dos oceanos. Serve de alimento para baleias, tubarões e outros grandes animais marinhos.
Há cerca de 85 diferentes crustáceos conhecidos como krill e todos juntos estima-se que formem a maior massa biológica multi-celular terrestre (perto de 500 milhões de toneladas). Apenas por curiosidade, a massa biológica de humanos estimada em 2012 era de 350 milhões de toneladas.
O krill é rico em ácidos gordos ómega 3 e tem um conteúdo que ronda os 60-80%. É, sem dúvida, um alimento a ter em conta na dieta, apesar de dados apontarem para que apenas 12% do total de krill pescado seja consumido por humanos.
Como funciona o Óleo de Krill
O óleo de krill é um suplemento nutricional que, por norma, se encontra em cápsulas líquidas ou mesmo em líquido. Como qualquer óleo de peixe, o óleo de krill é rico em ómega 3. Existem três tipos destes ácidos gordos:
✓ ácido alfa-linoleico (ALA)
✓ ácido eicosapentaenóico (EPA)
✓ ácido docosa-hexaenóico (DHA)
O ALA é encontrado em fontes vegetais, como sementes de chia, linhaça ou nozes. É descrito como
um ácido gordo de cadeia curta, devido à sua estrutura molecular ser relativamente curta.O EPA e o DHA são obtidos de animais marinhos, sendo moléculas maiores em comparação com o ALA, além de terem uma maior eficiência na sua absorção.
Aumentando a quantidade de EPA e DHA vamos evitar processos reativos no nosso corpo, promovendo diversos benefícios.
Biodisponibilidade do óleo de krill
A universidade de Oslo realizou um estudo sobre a biodisponibilidade do óleo de krill.
Dividiram o grupo em 3 e foi-lhes dado ou 3g de óleo de krill, 1,8g de óleo de peixe ou nenhuma suplementação durante 7 semanas. Foi assegurado que as dietas seguidas pelo grupo não continham outras fontes de peixes gordos, e que as mesmas seguiam hábitos regulares.
Cada comprimido de óleo de krill tinha 500mg (90.5mg EPA e DHA) e era tomado 6 vezes por dia. O comprimido de óleo de peixe tinha 600mg de óleo de peixe (288mg EPA e DHA). A quantidade de EPA e DHA no óleo de peixe era significativamente superior.
O estudo examinou mudanças na quantidade e densidade de triglicerídeos e gordura no sangue, além de outros marcadores como proteína, glucose e cálcio. Foram também medidos vários marcadores de reatividade.
O estudo demonstrou que os níveis de EPA e DHA foram elevados em ambos grupos que ingeriram a suplementação com óleo. No entanto, a dose necessária para termos a mesma mudança na concentração de EPA e DHA foi 321mg superior no óleo de peixe, ou seja, seriam necessários 321mg mais de óleo de peixe para ter a mesma mudança na concentração de EPA/DHA que com óleo de krill. A razão sugerida para esta observação é a maior biodisponibilidade do óleo de krill.
No óleo de krill os ácidos gordos são guardados como fosfolípidos, que têm a mesma estrutura que as moléculas do nosso corpo, enquanto os ácidos gordos do óleo de peixe são armazenados como triglicerídeos, e, por isso, a sua eficiência é menor. De facto, os ácidos gordos do óleo de krill têm uma capacidade de absorção cerca de 25% maior.
Benefícios do óleo de krill
Durante este artigo fomos falando dos benefícios do óleo de krill. Em forma de resumo:
✓ fonte de ómega 3 com maior biodisponibilidade
✓ poderoso regulador de processos reativos orgânicos
✓ reduz a incidência de patologias do foro cardíaco
✓ reduz os níveis de gordura no sangue
Dose e quando tomar
A dose de óleo de krill diária está entre 1000 a 4000mg, dividida pelas refeições durante o dia.