1. O que é a Lisina?
A lisina é um aminoácido essencial que o corpo humano não produz naturalmente, embora seja necessário o seu consumo para que o corpo humano funcione o melhor possível.
O principal foco deste artigo é demonstrar, exatamente, a necessidade e os benefícios envolvidos com o consumo deste aminoácido.
Começando pela ciência, existem vários estudos relacionados com saúde e nutrição, que mostram que um adulto, em média, necessita de cerca de 0,85 g de lisina por dia, já alguém com maior atividade física, nomeadamente, um praticante de musculação poderá necessitar de uma quantidade superior, devendo esta situar-se entre 1-3 gramas diárias.
2. Onde pode ser encontrada a Lisina?
A lisina encontra-se presente em diversos alimentos, como tal, e atendendo aos seus benefícios, que exploraremos em detalhe neste artigo, aqui ficam as nossas 10 sugestões de alguns alimentos com quantidades satisfatórias deste aminoácido:
(sempre tendo em atenção que as quantidades dos alimentos ingeridos, assim como a dos macronutrientes que os compõem, devem ser sempre adaptadas à sua dieta)
- Peixe
- Ovos
- Queijo
- Batatas
- Carne vermelha
- Leite
- Soja e produtos derivados.
- Leveduras
- Feijão
- Ervilhas.
3. Benefícios resultantes da ingestão de Lisina?
O consumo de Lisina traz consigo enormes benefícios para o seu treino e dieta, funcionando, essencialmente como um fator de otimização de ambos.
Vejamos agora quais as 5 maior vantagens associadas à ingestão deste aminoácidoa) Síntese Muscular
A lisina compõe e está presente em grandes quantidades no chamado “ tecido muscular estriado esquelético”, que constitui a maior parte da nossa musculatura.
Esta, consiste em moldes simples mas precisos, na musculatura que recobre totalmente o esqueleto, e que está presa aos ossos.
A lisina, enquanto aminoácido essencial, desempenha um papel fundamental na construção de músculo, que se dá após a microlesão das fibras musculares, durante o treino.
Os estudos da área apontam para uma correlação entre maior percentagem de lisina e maior síntese proteica.
Isto é, maior construção de músculo. Concluindo, quando treinamos, e hipertrofiamos os músculos, quebramos cadeias de aminoácidos que os constituem.
Será na reconstrução dessas cadeias que a lisina tem um papel fundamental, uma vez que contribui para melhorar a síntese proteica, o que equivale a uma maior otimização de todo o processo de construção de músculo, que é afinal de contas, um dos grandes objetivos que visamos.
b) A Lisina e a Vitamina C
A lisina, como tantos outros aminoácidos presentes no nosso organismo, não atua nem existe individualmente, agregando-se em cadeias, e existindo de forma combinada, com algumas vitaminas e minerais, formando ainda outras cadeias de aminoácidos.
No caso da Lisina, esta, agrupa-se, especialmente, quando as percentagens no nosso organismo são altas, com a vitamina C, formando um novo aminoácido, denominado carnitina.
A carnitina tem um papel fundamental no nosso organismo, uma vez que o ajuda a metabolizar as reservas de gordura e a regular o oxigénio.
Dito de outra forma, quando nos exercitamos a carnitina aumenta a eficiência de queima de gordura e otimiza o processo de chegada de oxigénio aos músculos.
c) Efeito Anticatabólico
O catabolismo é a expressão designada para representar o fenómeno de quebra de tecido muscular.
Por exemplo, quando treinamos o nosso corpo entra num estado catabólico, pois estamos a microlesionar fibras musculares.
Depois do exercício físico, é sempre importante reverter este fenómeno, e converte-lo em anabolismo, isto é, em construção de tecido muscular, no fundo, tudo aquilo que buscamos, através do treino, suplementação e alimentação adequada.
A importância da Lisina em todo este processo deve-se ao facto de diminuir a percentagem e velocidade em que ocorre a degradação proteica no nosso corpo.
Atuando como um composto anticatabólico, o que na prática, se traduz, numa maior facilidade em entrar no estado de construção muscular anabólico pós-treino, facilitando quer a recuperação quer a construção de músculo.
d) Ajuda no tratamento do Herpes
Aqui a ação da lisina manifesta-se, especialmente, em fazer com que os ferimentos surjam com menos frequência e que também se curem de forma mais rápida.
e) Saúde do sistema imune
A lisina é usada há muito tempo para melhorar a função imune do corpo. Estudos recentes mostram que a deficiência de lisina pode causar deficiência do sistema imune, o que quer dizer que consumir lisina, nas doses e quantidades certas, contribui para ficar doente menos vezes.
4. Como tomar e qual a dosagem?
Embora a Lisina esteja presente em vários alimentos conforme demonstrado, existe também a hipótese de a ingerirmos por meio de suplementação. A Lisina é de facto um dos suplementos mais tomados do mundo, não havendo, até à data, quaisquer efeitos secundários resultantes da sua toma, desde que feita nas doses e forma certa.
A toma deve ser feita diariamente, ingerindo uma cápsula, com a refeição. Os estudos científicos apontam para a ingestão diária de uma dose recomendada, em média, de 12 miligramas por quilo de peso, por dia.
Trata-se ainda de um suplemento que não necessita de qualquer receita médica para ser tomado.
No entanto, nunca é demais reforçar, que deve ser consultar um profissional especializado da área, ou procurar informar-se em fontes fidedignas, antes de tomar qualquer suplemento.