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Nutrição

O Veredito de um Nutricionista Sobre “Superalimentos”

O Veredito de um Nutricionista Sobre “Superalimentos”
Emily Wilcock
Escritor2 anos Atrás
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Não queremos pôr o carro à frente dos bois, mas podemos adiantar à partida que o nosso nutricionista Richie Kirwan não é fã de “superalimentos”.

Mas pôr as coisas nesses termos pode não ser inteiramente justo. Não são os alimentos o problema, mas o termo. “Superalimentos” é um dos termos do mundo da nutrição que prefere evitar.

https://www.youtube.com/watch?v=58D4xlqn67U

 

O que são “superalimentos”?

O facto de que não há uma definição estabelecida para a palavra é um dos principais motivos para desconfiar dela logo à partida. Num sentido geral, trata-se de um alimento muito rico num nutriente em particular ou que tem um benefício de saúde aparente. Mas não há uma definição rigorosa. O termo é o sonho de um publicitário – qualquer alimento pode ser chamado de “superalimento”, no contexto certo.

 

Seguem-se alguns exemplos de alimentos aos quais tem sido dada esta designação.

 

Vegetais de folha verde-escura

Estes incluem:

  • Couve crespa
  • Acelga
  • Espinafres
  • Repolho

Estes alimentos estão cheios de nutrientes, como fibra, ácido fólico, cálcio, magnésio e ferro. Estão associados a uma melhor saúde cardiovascular e a riscos mais baixos de diversos problemas. Tudo isto soa sem dúvida “super”, mas, para quem se convence a comer a custo couve o dia todo, a ideia pode começar a perder a piada muito rapidamente.

 

Frutos do Bosque

Estes incluem:

  • Mirtilos
  • Amoras
  • Morangos

O perfeito ingrediente para um smoothie, cobertura para granola ou mesmo como sobremesa. Os frutos do bosque tendem a ser baixos em calorias, em comparação com outros frutos, e são ricos em polifenóis. Para quem não está por dentro do tema, os polifenóis são os componentes que produzem as cores dos frutos, e têm propriedades anti-inflamatórias.

 

Peixes oleosos

Estes incluem:

  • O salmão, com a sua longa cadeia de ácidos gordos ómega-3
  • A sardinha

Quem ingere mais peixes oleosos tem um risco menor de diversos problemas do coração e do cérebro que podem surgir com o envelhecimento.

 

Chocolate Preto

Boas notícias para os fãs de chocolate. Embora na nossa opinião nada bata o chocolate de leite. O alto teor de cacau não é o que puxa por nós. Com as devidas desculpas a todos os fãs de chocolate preto.

Em qualquer caso, o chocolate preto, como as bagas, está cheio de polifenóis e antioxidantes. Por esse motivo, está associado a diversos benefícios. Infelizmente, é muito alto em calorias, mas não precisamos de o consumir em grandes doses para beneficiar dessas qualidades.

 

Abacate

Um ponto controverso…

Os abacates são reconhecidos pelas suas gorduras insaturadas saudáveis e minerais como o magnésio, mas Richie parece cético quanto às suas qualidades. Claramente, não está desejoso de uma torrada com abacate e ovo. Dá luz vermelha à sua inclusão nesta lista.

Note-se que ele não parece ter necessariamente nada contra essas belezas verdes que nos deram o guacamole. Mas não está convencido das suas qualidades.

 

Sementes de chia

As sementes de chia contêm gorduras insaturadas, que são boas para o coração, assim como fibra, que é importante para o intestino, pelo que se tornaram um alimento muito reputado. E por bons motivos. São também ricas em ácidos gordos ómega-3, que não são muito fáceis de encontrar noutros alimentos para quem não é fã de peixe.

 

Curcuma

A especiaria que dá a tantos caris a sua característica cor amarela. Mas uma palavra de aviso: se cozinhares com curcuma, esta tornará amarelas todas as tuas colheres de pau. Tem sido a protagonista de muitos estudos científicos, que se focaram sobretudo nos seus efeitos anti-iflamatórios. Os dados não são completamente conclusivos, mas não há dúvida de que sabe bem num caril – se também se confirmarem todas as suas qualidades nutricionais, tanto melhor.

 

O ponto principal é que Richie não se preocupa se enchemos o prato com sementes de chia, salmão e amoras – se o fizermos, ótimo, desde que o façamos em conjugação com uma alimentação equilibrada.

 

Mensagem final

Todos estes alimentos são uma excelente adição a uma alimentação cuidada. Mas, da próxima vez que vires um alimento apelidado de “super”, considera fazer a tua própria pesquisa sobre o assunto e ver porquê. Para quem não gosta de sementes de chia, não faz sentido empanturrar-se com elas apenas pela sua composição de nutrientes. “Superalimento” cria a falsa impressão de algo que temos de comer. Se os pudermos acrescentar à nossa alimentação, ótimo, mas caso contrário, não é caso para perder sono sobre a questão.

 

 

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Os nossos artigos têm propósitos unicamente informativos e educativos e não devem ser usados como conselho médico. Se tem alguma preocupação, consulte um profissional de saúde antes de tomar suplementos nutricionais ou introduzir quaisquer alterações significativas na sua dieta.

After completing an internship with Myprotein, Emily returned to university to finish her Bachelor of Science degree in Business Management and Marketing. With experience in lifestyle writing, Emily aims to entertain and educate through her work. Her focuses include recipes, real and inspiring stories, and working with writers to help provide easy-to-digest evidence-based research. Her work on recipes has been previously featured in The Supplement magazine, with a particular focus on high-protein, nutritious meals, plus advice on how to properly fuel your body. Outside of work, Emily’s top priority is food. She’s a self-professed star baker and a connoisseur of all things baked. In her spare time, she’s either cooking up a storm, our looking out for the opportunity to try out Manchester’s newest restaurants. But as a huge fan of carbs, if it’s not pasta or pasta-adjacent, she’s not interested. If she’s not in the kitchen, she’s tucked up with a book for an early night, or you’ll find her in the gym working up a sweat. Afterall, all those carbs require quite the appetite.
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