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Nutrição

Comer a Horas Tardias Engorda? | O Treino de Resistência e o Relógio Biológico | Estudos de Fitness

Comer a Horas Tardias Engorda? | O Treino de Resistência e o Relógio Biológico | Estudos de Fitness
Evangeline Howarth
Escritor4 anos Atrás
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Gostas de te manter a par de tudo quanto diz respeito ao mundo do fitness? Há tanto a descobrir que se pode tornar difícil saber por onde começar. Esta semana, trazemos mais dois interessantes estudos recentes.

Vamos abordar a questão do impacto das refeições tardias no nosso peso e a influência do treino de resistência no relógio biológico.

Continua a ler para descobrir mais.

 

Comer a horas tardias engorda?

Se há tema controverso nesta área de estudos, é este. Ouvimos com frequência dizer que comer a horas noturnas tardias não é saudável. Ainda assim, por vezes, pôr de parte o chocolate que temos na mão pode constituir um esforço quase sobre-humano — e algumas pessoas que trabalham a horas tardias não têm sequer escolha na matéria.1

O último estudo sobre a questão acredita ter encontrado as respostas. Observando 20 participantes voluntários saudáveis, os responsáveis pelo estudo analisaram a forma como o seu metabolismo atuava sobre um jantar comido às 22h, em comparação com um jantar consumido às 18h.

Descobriram que os níveis de glicose atingiam um pico 18% mais alto depois do jantar tardio. O que é ainda mais notável, observaram também um decréscimo de cerca de 10% nos níveis de queima de gordura quando os participantes faziam a refeição das 22h.

O estudo analisou apenas resultados a curto prazo e só uma pequena amostra de participantes, mas mostra resultados iniciais bastante notáveis. Seria interessante ver se os resultados de um estudo similar em larga escala confirmam estas conclusões.

 

O treino de resistência pode alterar o nosso relógio biológico

Já terás com toda a probabilidade ouvido falar no relógio biológico – e, se os teus padrões de sono foram modificados, já terás também muito provavelmente sentido os efeitos da sua disrupção. Uma grande variedade de fatores, da luminosidade à hora a que nos deitamos ou acordamos, pode influenciar os nossos relógios biológicos — e este novo estudo mostra que o exercício físico possui um grande potencial para fazer isso mesmo.2

Os investigadores estudaram o impacto de 60 minutos de treino de resistência em ratos em laboratório. Os ratos realizaram exercício físico em diferentes momentos dos seus períodos ativo e inativo (paralelos ao dia e noite em humanos) para descobrir se se detetava algum impacto nos seus relógios musculares.

Constatou-se que, dependendo da hora do dia a que o exercício era realizado, os relógios biológicos musculares dos ratos podiam ser atrasados ou adiantados. Estes “relógios” estão presentes em quase todas as células do corpo e permitem que diferentes funções sejam realizadas em concordância com um horário, dependendo da hora percebida.

Sermos capazes de alterar o relógio do organismo através do exercício significaria que este poderia ser usado por trabalhadores de turnos noturnos com dificuldades na adaptação a um padrão de descanso pouco natural.

Uma vez que neste estudo foram usados procedimentos invasivos, não foi possível levá-lo a cabo em seres humanos. Seria, por isso, pertinente verificar se uma hora de treino de resistência pode levar a melhorias no bem-estar ou a alterações no horário de adormecer e de acordar de seres humanos.

 

Mensagem Final

É fascinante constatar o quão sintonizados os nossos corpos parecem estar com pequenas mudanças que podemos fazer na nossa dieta e estilo de vida. Porque não experimentar fazer as refeições mais cedo ou mais tarde, ou praticar algum tipo de treino de resistência, para descobrir que resultados notas em ti?

Como todos somos diferentes, experimentar pequenas mudanças como estas na prática é a melhor forma de descobrir o que funciona ou não para ti.

 

 

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Traduzido por Hermano Moura

1. Gu, C., Brereton, N., Schweitzer, A., Cotter, M., Duan, D., Børsheim, E., … & Jun, J. C. (2020). Metabolic Effects of Late Dinner in Healthy Volunteers–A Randomized Crossover Clinical TrialThe Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism.

2. Kemler, D., Wolff, C. A., & Esser, K. A. (2020). Time of Day Dependent Effects of Contractile Activity on the Phase of the Skeletal Muscle ClockbioRxiv.

Evangeline tem uma larga experiência em desportos de competição desde tenra idade. Por exemplo, a sua experiência como instrutora de vela RYA ensinou-lhe o quão importante é cuidar da sua alimentação para um rendimento de topo em desportos extremos e de endurance. Este foco na alimentação permitiu-lhe atingir o estatuto de capitã da equipa olímpica do Reino Unido e treinar a equipa da sua universidade.

Nos seus tempos livres, a Evangeline adora correr maratonas. Ao fim de semana irás encontrá-la a fazer desportos aquáticos ou escalada. Ao anoitecer opta por sessões de treino de alta intensidade ou um treino de squats antes de comer uma bela refeição picante com muitas verduras - yum!

Descobre mais da experiência da Evangeline aqui.

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