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Desenvolver a auto-confiança com Jensofit

Desenvolver a auto-confiança com Jensofit
Monica Green
Escritor2 anos Atrás
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Os nossos feeds nas redes sociais estão muitas vezes inundados com imagens de corpos impossíveis: silhuetas de ampulheta, abdominais visíveis e coxas musculadas. Mas se temos suficiente gordura corporal para um rabo redondo – e estamos a bater recordes nos deadlifts – abdominais que se vejam podem não estar no domínio do realisticamente possível. Do mesmo modo, é provável que não tenhamos gordura suficiente para o traseiro de uma Kim K. se tivermos um six-pack. Há que “cair na real”.

Tem havido um movimento geral a favor da positividade corporal, inclusão e standards corporais realísticos na indústria do fitness em anos recentes – os tamanhos das roupas estão a tornar-se menos restritivos e as modelos parecem-se cada vez mais com pessoas normais – mas por vezes pode parecer que a representação de tipos corporais nas redes sociais vai na direção oposta.

Jenny Garza é uma pessoa a tentar opôr-se esta tendência. Como muitas mulheres, Jenny embarcou numa viagem com o seu próprio corpo, que envolve a sua relação com este e a sua auto-confiança. É aberta e honesta em relação aos desafios que enfrentou – e usa-os para motivar outras mulheres para treinar pelo seu bem-estar, pelos benefícios mentais e físicos, para aprenderem a amar os seus corpos independentemente do seu tamanho ou forma.

Falámos com Jenny para ouvir a sua história, como transformou a sua relação com o seu corpo de um modo positivo e que conselhos tem para outras mulheres que querem conseguir o mesmo.

“Não tive de mudar o meu corpo para o merecer”

Jenny, de 30 anos de idade, é de Middletown, Indiana, uma pequena cidade no midwest americano. Passa a maior parte dos seu dias no ginásio e a atualizar o Instagram com treinos fantásticos, para encorajar outras mulheres a fazer exercício sem inibições.

Mas a relação de Jenny com o seu próprio corpo nem sempre foi forte. Levou anos a alcançar este nível de auto-confiança – quer dentro quer fora do ginásio.

Embora Jenny tenha sido sempre bem-humorada e extrovertida, teve problemas relacionados com a sua imagem corporal enquanto crescia.

“Eu tinha sempre sido grande e consigo recordar-me de várias vezes na minha infância, como nos anos de adolescência e por aí fora, do meu corpo ser um tema de discussão para todas as pessoas na minha vida.Enquanto crescia, nem sempre tive uma boa relação com o meu corpo, dizia coisas amesquinhantes a mim própria, usava roupas muito largas; não me sentia muito confiante e, quanto à pessoa que eu sou, diria que sou bastante confiante, porque penso que sou engraçada e gosto da minha personalidade.”

A relação difícil de Jenny com o seu corpo continuou quando entrou na idade adulta. Há alguns anos atrás, foi diagnosticada com Síndrome do Ovário Poliquístico, um problema comum, mas frequentemente debilitante, que se acredita afetar uma em cada dez mulheres do Reino Unido. O diagnóstico degradou a sua perceção do seu próprio corpo ainda mais.

“Provavelmente até eu ter uns 25/26. Não gostava nada do meu corpo e do que ele fazia por mim. Ao ter SOP e lidar com esse tipo de condição quando estamos a crescer, ficamos com um certo tipo de ressentimento em relação ao nosso próprio corpo, porque vemos as outras pessoas a fazer coisas e pensamos ‘porque é que isto não funciona?’Por isso, tive uma grande batalha até conseguir acreditar que o meu corpo podia fazer alguma coisa ou que o meu corpo estava bem como estava. E até eu me aperceber de que o meu corpo era bom como era, não senti necessidade de o mudar. Sim, ajudou-me. Mas não tive de mudar o meu corpo para o merecer.”

https://www.instagram.com/p/CaIlpJOF9Tr/?utm_source=ig_web_copy_link

 “Salvou-me a vida”

Mas havia mais desafios pela frente. Pouco depois de Jenny ter tido esta epifania, passou por um dos períodos mais difíceis da sua vida. Teve um aborto espontâneo em 2019, que a deixou a sentir-se mais distante do seu corpo que nunca.

Para reparar os danos emocionais e reconectar-se com o seu corpo, Jenny fez do fitness o objetivo. Mas pela primeira vez, as transformações físicas não eram a prioridade.

“Envolvi-me no fitness em 2019. Passei por um aborto. E foi uma altura mesmo muito complicada na minha vida.

Depois do aborto, sentia uma espécie de distanciamento em relação ao meu corpo. E decidi que queria ficar em forma, não era uma questão de perder peso, não queria ficar de um certo tamanho, queria apenas ficar em forma. E isso foi algo pelo qual me tornei muito apaixonada, porque tinha estado sempre a tentar perder peso. E isso nem sempre funciona. Por isso, a minha missão tornou-se ficar em forma. E comecei a treinar aos poucos e a aprender mais no ginásio. E estou muito contente por ter feito isso, porque salvou-me a vida.”

Desde que começou a sua viagem de perda de peso, Jenny descobriu que alguns dos sintomas da SOP se tornaram gerenciáveis – ter crianças voltou a ser uma possibilidade – e a sua auto-estima cresceu imensamente.

“Desde que comecei, perdi quase 40 quilos, e muitos dos sintomas da SOP diminuíram, o que é ótimo porque tenho 30 anos e isto é algo com o qual me debato desde os 18.E pela primeira vez os meus médicos e eu vimos uma enorme diferença nos números. Isso é fantástico porque a SOP está relacionada com muitos problemas de infertilidade. Isso é algo do qual eu gostaria muito, constituir família, e que é mais difícil de conseguir com esta condição. Por isso, é muito encorajador poder ter mais confiança no meu corpo, mas também ter mais confiança no futuro e no que o meu corpo pode fazer por mim.”

https://www.instagram.com/p/CaA2x1hFYuR/?utm_source=ig_web_copy_link

 

“Muda a nossa vida”

Jenny experimentou muitos tipos de exercício no passado, mas descobriu que o treino com pesos é o mais influente na sua condição mental e física.

“Penso que esta é provavelmente a minha terceira ou quarta aventura no fitness ou na perda de peso. E é a primeira vez que incluí o treino de força na minha rotina. Diria que, para as mulheres que encontram a confiança para entrar no ginásio e levantar pesos, é uma experiência que muda a nossa vida. Porque nos dizem ‘ah, não devias levantar pesos, vai deixar-te demasiado musculada’, ou outras coisas sobre os ginásios que não são verdade.”

A confiança que Jenny desenvolveu no ginásio refletiu-se também na sua vida cá fora.

A confiança que me invade quando me sinto forte, quando atinjo um recorde pessoal ou quando me ponho no banco e consigo aquecer com os pesos que a pessoa anterior deixou, isso deixa-me muito motivada, sinto que tem um grande impacto em mim. Porque não acreditamos que vamos conseguir levantar um dado peso e depois, quando conseguimos, sentimo-nos fortes, poderosas. Dá-nos a confiança para acreditarmos em nós próprias, para continuar em frente.”

 “Estás mesmo a implicar por eu usar um soutien desportivo?”

Desenvolver confiança dentro do ginásio pode tomar tempo. Ninguém entra pela primeira vez já a saber exatamente o que são todos os equipamentos ou para que servem. E esta sensação de intimidação é muitas vezes ainda mais intensa para pessoas grandes.

Jenny sentiu-se inicialmente desse modo, mas ao longo do tempo ganhou confiança e encontrou um sentimento de pertença.

“Há sempre uma área que é como uma área reservada a um canto. E durante os primeiros seis meses, limitei-me a treinar nesse canto. E se alguém já estava lá, quando eu chegava ao ginásio, eu pensava ‘tenho de ir treinar para outro lugar’.Mas depois dos seis meses, aos poucos, comecei a acreditar mais em mim e pensei ‘Ok, vou até, por exemplo, à sala dos pesos’ ou ‘vou usar os halteres por ali’ e lentamente comecei a explorar e a usar realmente o ginásio.”

Ter confiança no que estamos a fazer é uma coisa, mas na roupa que estamos a usar pode ser outro desafio. Jenny sabe-o perfeitamente, sobretudo tendo vindo de um meio pequeno e conservador. Mas tal como com os equipamentos no ginásio, progredir aos poucos é a chave.

“Pensei apenas: vou começar com um top curto e a partir daí vejo como me vou sentindo. Mas honestamente, depois de ter começado a usar um soutien desportivo enquanto treinava, pensei para mim mesma ‘Já não quero saber. Vou treinar assim o tempo todo.’

Mas tomou cerca de um ano para me sentir confiante, nem sequer apenas no ginásio, mas em mim própria. E sou de uma cidade pequena no Indiana. Um meio muito conservador. Sentia-me sempre julgada porque usava um soutien desportivo. Mas mesmo tendo de lidar com isso, faz-me sentir mais confiança saber que acredito em mim mesma o suficiente para não querer saber do que as outras pessoas pensam quanto à roupa que uso.Penso: estás mesmo a implicar por eu usar um soutien desportivo no ginásio? Um soutien desportivo que foi concebido para ser usado no ginásio? Mas leva o seu tempo. Não diria que é fácil.” “Não é possível olhar para uma pessoa e afirmar que ela é ou não saudável’”

Jenny descobriu um grupo de apoio incrível nos seus 28 000 seguidores do Instagram. Mas as redes sociais também podem ser um lugar hostil, e tem de lidar com muitos mal-intencionados. A sua preferência é combater a negatividade com positividade, e o seu lema de “destruí-los com simpatia” nunca falha.

“Sou uma pessoa muito educada por natureza. Mas também não permito que ninguém venha à minha plataforma para dizer coisas odiosas. E muitas das vezes, são pessoas que declaram ‘como tens um corpo grande e estás a fazer exercício, estás a promover a obesidade’, o que é certamente a coisa mais estúpida que já ouvi na minha vida.”

O conceito horrível de que pessoas com corpos maiores promovem a obesidade simplesmente por fazerem exercício ou mesmo por existirem não é incomum, especialmente online… É lesivo, regressivo e – como Jenny sugere – completamente ilógico.

“É provavelmente o comentário mais comum que encontramos no ginásio. Dizem que estamos a promover a obesidade, o que não faz qualquer sentido, porque na realidade é o oposto do que estamos a fazer. Só porque temos um corpo grande e estamos a ocupar espaço e no ginásio.Não é possível olhar para uma pessoa e afirmar que ela é ou não saudável. Alguém dizer que simplesmente por aparecermos e fazermos o que queremos fazer, estamos a ‘promover a obesidade’ é uma estupidez.Estou a promover o amor das pessoas pelos seus corpos como eles são, para se mexerem e para beberem água, comerem de um modo saudável. Estou a promover um estilo de vida saudável. Só porque tenho um corpo grande, a mensagem não se torna irrelevante.”

https://www.instagram.com/p/CZINBEoFWdd/?utm_source=ig_web_copy_link

 Mensagem final

A energia de Jenny é contagiante. Embora tenha atravessado alguns desafios muito duros na sua vida, encontrou no fitness uma forma de ter uma relação mais saudável com o seu corpo e aprendeu a amar-se de novo a si própria em resultado disso. E quer que outras mulheres se sintam da mesma forma.

“Gosto de dizer às pessoas que parem de se comparar com outras pessoas. Porque somos todos únicos. Temos formas únicas, e tamanhos e cores e tudo isso. E isso é imensamente poderoso. Ninguém mais no mundo é igual a mim.”

Visita o Instagram de Jenny para recomendações sobre rotinas de treino, conselhos honestos e dicas sobre como desenvolver a auto-confiança.

 

 

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Monica Green
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