Pode não ser possível de momento ir ao ginásio sempre que gostaríamos, mas isso não significa que não possamos manter-nos a par das últimas novidades em matéria de ciência desportiva e da nutrição. Mantém-te sempre um passo à frente dos companheiros de ginásio ou dos clientes de personal training com os nossos resumos dos estudos mais recentes.
Esta semana, vamos ver se vale a pena treinar apenas um dos braços e o que a ciência tem a dizer sobre a prática de exercício com máscara.
Fazer exercício de máscara não vai prejudicar a tua respiração
Se a ideia de ter à volta um grupo de pessoas a bufar e a resfolegar te tem afastado do ginásio, poderás ter considerado usar máscara, para proteção adicional. A questão, contudo, é: será possível pormo-nos na passadeira e fazer um treino cardiovascular como deve ser com uma máscara? A ciência afirma que sim – e aqui está o porquê.
Ainda que te possas preocupar com não obter oxigénio suficiente, ou com estares a reintroduzir nos pulmões demasiado CO2 nas inspirações, ao que parece, mesmo durante exercício muito intenso, não haverá qualquer problema.
Um grupo de investigadores testou 14 homens e mulheres fisicamente saudáveis, que usaram para o teste máscaras de pano de 3 camadas. Controlaram o seu sono, alimentação e níveis de atividade nas 24 horas antes do teste. Depois, os participantes tiveram que realizar um teste de fitness pedalando até ao ponto de exaustão (entre 6 a 12 minutos, dependendo do nível de fitness).
Cada participante executou o teste 3 vezes – uma delas sem máscara, outra com uma máscara cirúrgica e ainda outra com uma máscara de pano. A primeira constatação foi a ausência de qualquer impacto no desempenho físico associado ao uso da máscara. Observou-se também que a influência nos níveis de oxigenação do sangue e dos músculos era mínima.
Isto significa que, embora possas sentir um pouco de suor extra na cara, é provável que consigas treinar tão intensamente com a máscara como dantes. Se todos usarmos máscaras, isso poderá contribuir para que os ginásios não se incluam na lista de locais com fecho obrigatório, se ocorrer outra série de restrições? Teremos que esperar para ver…
Fazer exercício com um braço para beneficiar os dois
Já te aconteceu magoar um braço ou uma perna e ficares na dúvida sobre se deverias treinar apenas o outro? Muitas pessoas já lidaram com a frustração de ter que esperar por que uma lesão recuperasse antes de voltarem a pegar na barra. Mas que aconteceria se continuássemos a treinar os membros não-lesionados?
De acordo com esta nova pesquisa, podemos evitar ficar com os músculos parados, continuando com um regime de treino para apenas um braço ou uma perna. E como é que isso funciona? No estudo, 30 participantes ficaram com um dos braços imobilizado por um período mínimo de 8 horas por dia, durante 4 semanas.
O grupo foi depois dividido em 3, que executaram diferentes tipos de exercício com o braço “bom”: um dos subgrupos não fez qualquer exercício, outro fez apenas exercícios excêntricos e o último grupo executou tanto exercícios excêntricos como concêntricos.
Exercícios excêntricos são aqueles em que o músculo contraído se alonga, por exemplo, o movimento de baixar um haltere durante um curl para bíceps. Surpreendentemente, foi o grupo que executou apenas movimentos excêntricos com o haltere que obteve o maior aumento de força muscular em ambos os braços. Leste bem – verificou-se uma diminuição do músculo deteriorado e um aumento na força muscular também no braço imobilizado.
Por isso, se torceste o pulso, partiste o braço ou distendeste o tornozelo, continua a trabalhar com os outros músculos e talvez recuperes mais depressa o tempo perdido depois de recuperares.
Mensagem Final Ambos estes estudos são bastante pequenos, portanto, vamos ter que aguardar por mais dados que os suportem. No entanto, se tens alguma lesão neste momento, este pedaço de encorajamento (e desculpa para te voltares a mexer) pode ser justamente a dose de motivação de que estavas a precisar!
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Traduzido por Hermano Moura
Evangeline tem uma larga experiência em desportos de competição desde tenra idade. Por exemplo, a sua experiência como instrutora de vela RYA ensinou-lhe o quão importante é cuidar da sua alimentação para um rendimento de topo em desportos extremos e de endurance. Este foco na alimentação permitiu-lhe atingir o estatuto de capitã da equipa olímpica do Reino Unido e treinar a equipa da sua universidade.
Nos seus tempos livres, a Evangeline adora correr maratonas. Ao fim de semana irás encontrá-la a fazer desportos aquáticos ou escalada. Ao anoitecer opta por sessões de treino de alta intensidade ou um treino de squats antes de comer uma bela refeição picante com muitas verduras - yum!
Descobre mais da experiência da Evangeline aqui.