Para quem não é especial fã do cross-trainer e não suporta a ideia de ir dar uma corrida, o treino intervalado de alta intensidade (ou HIIT – do inglês High Intensity Interval Training) é uma das melhores opções de cárdio à nossa disposição.
Curtos períodos de exercício intenso alternados com repouso produzem um sistema muito eficaz e um corpo muito suado no final. É uma forma de exercício fantástica para manter o coração saudável, mas o HIIT é também reconhecido pela sua capacidade de influenciar o metabolismo, e um novo estudo da Universidade de Copenhaga pode ter descoberto o porquê.
Vamos dar uma olhadela ao estudo e aos seus resultados.
O objetivo
Os nossos músculos esqueléticos têm proteínas que são vitais para o metabolismo de energia e para a contração dos músculos; a composição destas proteínas influencia o modo como o metabolismo se comporta.
Os investigadores Morten Hostrup e Atul Deshmukh quiseram compreender como formas de exercício como o HIIT alteram o conteúdo de proteínas dos músculos e como regulam a atividade destas proteínas através de um processo químico chamado acetilação.
O estudo
Oito voluntários saudáveis do sexo masculino completaram cinco semanas de treinos de ciclismo de alta intensidade. Os participantes fizeram três sessões por semana, alternando 4 minutos de ciclismo a uma taxa alvo de mais de 90% do seu batimento cardíaco máximo com um descanso de 2 minutos. Repetiram isto 4 ou 5 vezes em cada treino.
Os investigadores recolheram amostras de tecido das coxas dos participantes antes do estudo e depois de terminarem de treinar. Analisaram estas amostras para alterações na composição de 3 168 proteínas.
Tudo isto é muito interessante, mas que tem a ver com o metabolismo?
Os resultados
As análises dos dois investigadores mostraram alterações na produção das proteínas influentes no metabolismo que mencionámos atrás.
Os resultados do estudo confirmam que há mudanças significativas nas proteínas dos músculos esqueléticos depois do exercício e que a regulação das proteínas pode também ter efeitos a nível de estimular o metabolismo.
Aqui está o que um dos autores do estudo, Atul Deshmukh, disse sobre os resultados.
“O nosso estudo proporciona nova informação sobre como os músculos esqueléticos se adaptam ao exercício físico, incluindo a identificação de novas proteínas reguladas pelo exercício e sítios onde se realiza a acetilação.
Esperamos que o nosso trabalho estimule mais investigação sobre como o exercício ajuda a melhorar o processo metabólico em seres humanos.”
Mensagem final
Não é segredo nenhum que o HIIT nos faz bem. Põe o coração a trabalhar, põe-nos as ideias em ordem e, agora, parecemos estar um pouco mais próximos de descobrir exatamente o tipo de efeitos que pode ter no metabolismo.
Por isso, caso estejas a precisar de motivação adicional para não falhar à próxima sessão de HIIT - aqui está ela.
