Muitas pessoas sentir-se-ão assoberbadas ao pensar na questão do que planeiam fazer com o novo ano que inicia.
Portanto, para dar uma ajuda, pedimos a um dos mais célebres life coaches do Reino Unido, Nick Hatter, para nos dar algumas recomendações para começar com o pé direito.
Aqui vai o seu método para tornar os objetivos de janeiro numa realidade…Então, estamos em 2023. Desta vez, é a valer! Mas já disseste o mesmo no ano passado. E no ano antes desse. E na terceira semana de janeiro (ou mais cedo), damos por nós de novo presas dos velhos hábitos. Porque é que isto acontece?
Talvez dês por ti a procrastinar e sem progredir, num ponto de estagnação. Acontece-nos a todos, e estamos aqui para te dizer que há uma forma de sair dessa situação.
Aqui vão algumas questões que precisas de te colocar:
1. O meu objetivo é realisticamente possível no período de tempo atribuído?
Queres perder 10% da gordura corporal este ano? Excelente. Eu perdi, em 2020 – mas isso tomou-me 6 meses, não 2 semanas. É preciso sermos realistas, sobretudo quando se trata de objetivos de fitness, e em especial se não és atleta profissional.
Poderás dar por ti com vontade de desistir depois de ir ao ginásio por uma semana, ou de fazer dieta por duas semanas, sem ver diferenças. Mas as mudanças tomam tempo, disciplina e consistência, independentemente de quais sejam os objetivos, portanto, não tenhas uma perspetiva ingénua à partida.
E uma vez que nem todos os objetivos de vida estão relacionados com o fitness, que tal finalmente escrever ou publicar o tal livro? O meu próprio livro, The 7 Questions (que foi publicado em 2022) levou 9 meses a encontrar acordo de publicação com uma grande editora do Reino Unido. E tomou-me mais alguns meses a dar-lhe os retoques finais!
É preciso paciência – o que se tornou uma arte perdida na nossa cultura de gratificação instantânea. Pensa na questão: isto é realmente possível? Porque não, em vez disso, focar-me em perder apenas 0,5% da gordura corporal em janeiro? Não sabotes os teus planos com sonhos demasiado grandiosos que gerem desapontamento.
2. Como posso manter-me constantemente sob vigilância?
Como o consultor de gestão Peter Drucker famosamente observou: “O que é medido, é melhorado”.
Para a minha perda de peso, decidi pesar-me a cada 3 dias (porque o peso tem oscilações de dia para dia), medir a gordura corporal e também contar calorias, usando uma app. Para tornar a contagem de calorias mais fácil, podemos arredondar os números – por exemplo, se uma embalagem de queijo fresco tem 189 quilocalorias, arredonda-se para 200.
Quanto ao meu livro, estabeleci um alvo diário de apenas 200 palavras durante algum tempo. Pouca quantidade e regularidade tende a ser a melhor abordagem, especialmente no que toca a estabelecer hábitos a longo prazo.
E ver pequenas melhorias regulares nos números, quer se trate do peso que levantas no peso-morto ou da velocidade de corrida, será algo a celebrar pelo caminho e que vai ajudar-te a manter a motivação.
3. Qual é o mais pequeno próximo passo?
Esta é uma forma simples e, no entanto, muito eficaz de cortar incisivamente através de todo o ruído que haja na tua mente sobre o que fazer a seguir. É na realidade tão simples, que é uma questão de senso comum. Mas, reconhecidamente, o senso comum não é uma prática comum. Mudar pode ser uma experiência libertadora e excitante, mas também pode ser avassaladora e até angustiante – mesmo que seja para melhor.
O processo de mudar pode sem dúvida alguma acarretar todo o tipo de desconfortos, que levam à procrastinação. Procrastinar é um pouco como seguir um trilho e encontrar pela frente uma montanha enorme e pensar “Não há qualquer maneira de escalar isto, é demasiado alto! Deixemos isso para outro dia.” O problema é que é preciso escalar a montanha para seguir em frente. E quanto mais adiares a escalada, mais penosa esta se torna.
Uma sugestão que recebi de um professor universitário foi a de, quando estava a principiar um novo trabalho, começar por criar um novo documento, dar-lhe um título e guardar. Se conseguires fazer isso, ótimo, estás um passo mais perto de terminar.
Talvez o próximo passo, se te sentires com coragem, seja começar a primeira frase. Se conseguires fazer isso, talvez consigas acabar o primeiro parágrafo. E por aí fora. Quando deres por ela, começaste uma avalanche. Mas o passo mais difícil é muitas vezes o primeiro.
Houve dias na minha própria aventura de perda de peso em que não me senti na disposição para um treino completo. O perfeccionista que há em mim pensou “Vês? Não vale a pena ir até ao ginásio!”. Em vez disso, pensei em qual seria o próximo pequeno passo. Por vezes, a resposta era simplesmente saltar para uma bicicleta e pedalar durante 10 minutos, ou fazer uma caminhada – apenas isso.
Nem sempre vai ser possível fazer um treino extenuante. Faz o que puderes, com a energia e o tempo de que puderes dispor.
Citando Naeem Callaway: “Às vezes o mais pequeno passo na direção certa acaba por ser o maior passo da tua vida. Um passinho pequeno, se tiver que ser, mas dá esse passo.”
4. Quem poderá dar-me apoio para este objetivo?
Podemos precisar do apoio de um parceiro de treino, ou talvez de um life coach, como eu próprio, para manter a determinação. Um life coach competente pode certamente ajudar-te a descobrir o que está a impedir o teu progresso. Em alguns casos, pode ser um vício camuflado (como comida ou cerveja), ou comportamentos negativos inconscientes, ou hábitos mentais. É possível também beneficiar de sugestão hipnótica, para te visualizares a realizar os teus objetivos (os estudos na área mostram que pode ter uma eficácia quase igual à do treino efetivo em alguns casos).
Um estudo levado a cabo pela Sociedade Americana Para o Treino e Desenvolvimento (ASTD) descobriu que fazer marcações regulares para verificar o ponto de situação com alguém com quem te comprometas aumenta a probabilidade de realizar um objetivo em até 95%. O que não é surpreendente: somos criaturas sociais, e a maioria de nós não gosta de ficar mal na fotografia, especialmente frente a alguém que respeitamos.
Tenho visto os meus clientes fazerem enormes progressos através do life coaching. Por vezes, tudo o que precisam é de alguém que faça as perguntas certas, que lhes dê apoio e, em última análise, que os faça aproveitar todo o seu potencial.
Quer seja um personal trainer, life coach, ou um bom amigo, ter alguém que te ajude a manter o foco no desafio é tão importante como o resto do trabalho.
Os "six packs” não são só feitos na cozinha: também são feitos na mente. Muitas pessoas treinam os tríceps, mas quantas treinam a mente?
Mensagem Final
As questões simples que Nick apresenta são uma ótima forma de começar a estabelecer objetivos, de modo a mantê-los realistas, mensuráveis e sustentáveis. Podes aplicá-las a todos os teus objetivos para este ano, para te manteres no rumo certo.
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Evangeline tem uma larga experiência em desportos de competição desde tenra idade. Por exemplo, a sua experiência como instrutora de vela RYA ensinou-lhe o quão importante é cuidar da sua alimentação para um rendimento de topo em desportos extremos e de endurance. Este foco na alimentação permitiu-lhe atingir o estatuto de capitã da equipa olímpica do Reino Unido e treinar a equipa da sua universidade.
Nos seus tempos livres, a Evangeline adora correr maratonas. Ao fim de semana irás encontrá-la a fazer desportos aquáticos ou escalada. Ao anoitecer opta por sessões de treino de alta intensidade ou um treino de squats antes de comer uma bela refeição picante com muitas verduras - yum!
Descobre mais da experiência da Evangeline aqui.